domingo, 10 de novembro de 2013







Ficheiro:Flag of Sierra Leone.svg
Bandeira de Serra Leoa





Brasão de Serra Leoa







Serra Leoa é um país localizado no continente africano, banhado pelo Atlântico, limitado a norte e a leste pela Guiné, a sudeste pela Libéria. 







Serra Leoa possui montanhas no norte e no leste; nelas estão localizadas as áreas de extração de diamante, a principal atividade econômica do país.











A Guerra Civil de Serra Leoa começou em 23 de março de 1991, pela Frente Revolucionária Unida (FRU), sob comando de Foday Sankoh, que lutava para derrubar o governo central do país. 
Dezenas de milhares de pessoas morreram e mais de 2 milhões de pessoas (bem mais de um terço da população)foram deslocadas por causa dos 11 anos de conflito.
Os países vizinhos tornaram-se abrigo para os refugiados que tentavam escapar da guerra civil.





A RUF foi fundada por Foday Sankoh, um ex-militar serra-leonês,
 que prometia,
 acima de tudo, igualdade na distribução
 das rendas provenientes da venda 
de diamantes


 Os diamantes de Serra Leoa eram considerados alguns dos melhores do mundo e o país extraía centenas de pedras por dia. Contudo, os grandes lucros raramente eram repassados para a população, que sofria com a pobreza. As promessas de Sankoh de redistribuir os lucros de diamantes para o povo rapidamente desapareceram quando ele passou a usar esse dinheiro para financiar sua milícia.


O país passou por uma série de conflitos internos, a década de 1990 foi marcada pela guerra entre o governo e a Frente Revolucionária Unida (RFU), tanto o governo quanto o grupo revolucionário obtinha armamentos através de traficantes de armas, que recebiam como pagamento pelas mercadorias os diamantes extraídos do solo de Serra Leoa. As consequências dos conflitos foram desastrosas para a população civil, estima-se que mais de 50 mil civis tenham morrido durante a guerra no país.

A RUF nunca deixou claro qual era sua visão politica, mas alegava lutar pela liberdade do povo de Serra Leoa. O grupo recebeu vasto apoio de Charles Taylor, então presidente da Libéria, que também usava diamantes para financiar seu próprio conflito civil em seu país.



Serra Leoa ainda sofre com traumas após dez anos de paz

Em 2012, a Serra Leoa comemora dez anos de retorno à paz após guerra civil entre 1991 e 2002, conhecida como "guerra dos diamantes de sangue". População sofre com traumas do passado, mas estresse não é visto como doença.



O cemitério militar da Serra Leoa, mortos durante o conflito civil entre 1991 e 2002
O cemitério militar da Serra Leoa, mortos durante o conflito civil entre 1991 e 2002
Tanto tropas do governo quanto forças rebeldes cometeram atrocidades durante o conflito que, segundo as estimativas consideradas mais "conservadoras", matou 200 mil pessoas.

Atualmente, políticos pedem que a população tente esquecer o passado e se dedique ao desenvolvimento económico do país.

Porém, existe um assunto tabu na Serra Leoa – centenas de milhares de pessoas sofrem de estresse pós-traumático, têm ataques epiléticos ou sofrem de abuso de drogas, em consequência dos traumas da guerra civil. O problema do transtorno de estresse pós-traumático também é conhecido pela sigla TEPT.




Feridas abertas
Guerra civil na Serra Leoa ficou conhecida como a dos diamantes de sangueGuerra civil na Serra Leoa ficou conhecida como a dos "diamantes de sangue"
Enquanto a guerra civil acabou na Serra Leoa em 2002, as cicatrizes do conflito ainda estão abertas. Centenas de milhares de pessoas ainda estão traumatizadas. Porém, existe apenas um psiquiatra qualificado no país ocidental africano. Especialistas entrevistados pela DW África acham que o preço que se paga por ignorar as cicatrizes da guerra é muito alto – e que, assim, não se passa lições para as gerações mais jovens.

O ex-ministro da Informação de Serroa Leoa, Julius Spencer, diz que jornalistas e políticos no país não acreditam que a população precise de ajuda para lidar com os choques e traumas pelos quais passaram.


Pobreza domina país rico em diamantes

Atualmente, na Serra Leoa, o desemprego juvenil é de cerca de 95%. E metade dos seis milhões de habitantes do país, tem menos de quinze anos de idade!

A consultoria de risco global e administração norte-americana Clayton International diz que assaltos à mão armada e invasões de domicílios estão aumentando no país. Sequestros de carros colocam em risco homens de negócios e turistas. E, especialmente em Freetown, têm aumentado os pequenos furtos.
País tem riquezas em diamantes e outros minerais; dimensões são desconhecidasPaís tem riquezas em diamantes e outros minerais; dimensões são desconhecidas
Por outro lado, após anos de conflito, existem sinais pequenos, mas significativos de que a economia está começando a se recuperar. Especialmente chineses estão mostrando interesse no setor mineiro e no seu potencial de manufatura.
A Serra Leoa também tem uma riqueza em diamantes de dimensões ainda desconhecidas – segundo especialistas, pode ser uma fonte real de riqueza se for bem administrada e livre de corrupção.






 O conflito tornou-se conhecido por muitos dos massacres, amputações de membros, uso massivo de crianças-soldado e tráfico de diamantes de sangue como um método de financiamento das forças rebeldes. A guerra foi declarada oficialmente como encerrada em 18 de janeiro de 2002.








Vídeos
:



https://www.youtube.com/watch?v=b5FR8hATd90

https://www.youtube.com/watch?v=TVr5mAf7F9o





Sugestão de Filme

Diamante de Sangue é um filme americano de 2006,
realizado e co-produzido por  Edward Zwick,
 baseado na Guerra Civil da Serra Leoa na década de
1991.









A guerra civil serviu de fundo para o filme de 2006 "Diamante de Sangue", estrelado por Leonardo DiCaprio, Djimon Hounsou e Jennifer Connelly.
No final do filme "O Senhor das Armas", Yuri Orlov (interpretado por Nicolas Cage) vende armas às milícias durante a guerra civil da Serra Leoa. As milícias são aliadas com André Baptiste (Eamonn Walker), que é inspirado em Charles Taylor.
A utilização de crianças pelos rebeldes (militares da FRU) e pelas milícias do governo foram marcas desta guerra e continuam sendo até os dias de hoje. Isto é descrito no livro de Ishmael Beah de 2007, A Long Way Gone: Memoirs of a Boy Soldier.

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